Farmacêutico segurando embalagem de Ozempic, da Novo Nordisk, em farmácia em Utah, EUA. — Foto: REUTERS/George Frey

A fabricante conhecida mundialmente pelo sucesso de seus medicamentos para diabetes e obesidade disse que as demissões devem economizar 8 bilhões de coroas (US$ 1,3 bi, cerca de R$ 7 bi) até 2026.

Ao todo, a empresa cortará 9 mil postos de trabalho nos 80 países onde atua, sendo 5 mil apenas na Dinamarca.

Pela terceira vez no ano, o laboratório centenário revisou para baixo suas projeções para 2025: agora espera crescimento dos lucros operacionais entre 4% e 10%, ante os 10% a 16% previstos antes.

Segundo a Novo Nordisk, os cortes fazem parte de uma “transformação global” para simplificar a estrutura da empresa.

“Nossos mercados estão mudando, especialmente o da obesidade, que ficou mais competitivo e voltado ao consumidor. Nossa empresa também precisa acompanhar essa evolução”, declarou o CEO da Novo Nordisk, Mike Doustdar, em comunicado.
“Isso significa adotar uma cultura mais orientada para resultados, usar nossos recursos de forma mais eficiente e priorizar investimentos onde possam gerar maior impacto”, acrescentou o executivo.

A popularidade das injeções para emagrecimento fez da Novo Nordisk, por um período, a queridinha dos investidores, elevando o preço de suas ações e tornando-a a empresa mais valiosa da Europa.

Com isso, a companhia iniciou uma ampla campanha de contratações, expandindo o quadro de 43.700 funcionários em 2020 para os atuais 78.400.

No entanto, desde o ano passado o valor das ações caiu de forma expressiva, enquanto as vendas perderam ritmo com o avanço da concorrência nos Estados Unidos, seu principal mercado.

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Concorrência em alta

A farmacêutica dinamarquesa enfrenta forte concorrência de tratamentos rivais fabricados pelo grupo americano Eli Lilly.

A capacidade limitada de produção também levou a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) a permitir temporariamente que farmácias produzissem versões “compostas”, ou seja, imitadoras do Ozempic e do Wegovy.

A autorização terminou em 22 de maio, mas a Novo Nordisk afirmou no mês passado que as vendas de versões genéricas de seus medicamentos ainda continuam, “sob a falsa aparência de ‘personalização’”.

O Ozempic é um medicamento injetável contra a diabetes que ganhou fama nas redes sociais por ajudar no emagrecimento. Já o Wegovy, com o mesmo princípio ativo do Ozempic, mas em dose diferente, é indicado especificamente para perda de peso.

Ambos atuam com análogos do hormônio GLP-1, responsável por regular os níveis de glicose no sangue e o apetite.

Fonte: G1

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