Foto: Reprodução/Instagram:@lohanramires

Lohan Ramires foi condenado no Brasil a mais de 23 anos por múltiplos crimes, incluindo tráfico de drogas; defesa nega as acusações

O influenciador Lohan Ramires, que integrava a lista de procurados da Interpol por diversos crimes –incluindo tráfico de drogas–, foi detido nos Emirados Árabes Unidos. Segundo seu advogado, Diego Ferreira de Matos, ele foi preso em 1º de setembro ao renovar o passaporte e permaneceu detido até o dia 4, quando foi liberado após pagar fiança. A defesa nega que ele tenha cometido qualquer crime.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Lohan é foragido da Justiça brasileira após ser condenado a penas que somam mais de 23 anos de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e outros delitos. A prisão ocorreu em ação integrada do MP com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a Polícia Federal (PF) e a Interpol.

Veja também:https://acontecebahia.com.br/duda-guerra-aposta-em-look-com-tom-diferentao-para-festa-de-virginia-e-causa-polemica-na-web/

Natural de Uberlândia, o influenciador foi um dos principais alvos das operações Diamante de Vidro, Má Influência e Erínias, conduzidas pelo MPMG por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), em conjunto com as Polícias Civil e Militar e com o apoio do núcleo de acompanhamento criminal da Receita Estadual de Minas Gerais.

As operações apuraram a atuação de organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas, movimentação ilícita de capitais e um suposto esquema para atentar contra autoridades de segurança pública.

O nome do influenciador foi incluído na difusão vermelha da Interpol após requerimento do MPMG e decisão da 1ª Vara Criminal de Uberlândia, o que viabilizou a prisão em território estrangeiro, onde, de acordo com o órgão, ele mantinha uma vida de luxo.

Lohan tem 32 anos, é pai de dois filhos e possui mais de 600 mil seguidores nas redes sociais. Em suas publicações, exibe carros de luxo, viagens para praias em todo o Brasil e passeios de lancha e moto aquática em sua cidade natal.

O MP quer que ocorra a extradição dele ao Brasil, para que cumpra as penas já impostas pela Justiça, algumas com trânsito em julgado.

Lohan foi alvo da Operação Diamante de Vidro, que combatia tráfico de drogas, receptação, estelionato e lavagem de capitais. Em uma de suas fases, foi condenado a sete anos e seis meses de reclusão. Em outra etapa, recebeu pena de três anos de reclusão.

Segundo o Ministério Público, a Operação Má Influência recebeu esse nome porque o investigado atuava como influenciador digital, mas, na realidade, promovia a venda ilegal de anabolizantes e lavava o capital obtido com atividades ilícitas por meio da aquisição de joias, veículos de luxo e ocultação de dinheiro em espécie. Como resultado, foi condenado a 12 anos, 11 meses e 18 dias de reclusão, com trânsito em julgado.

Também foi um dos principais investigados da Operação Erínias, que apurou esquema para assassinar autoridades da comarca de Uberlândia. Segundo o Gaeco de Uberlândia, ele ainda responde a outros processos pendentes de decisão judicial.

O que diz a defesa?
Em nota ao Terra, a defesa do influenciador nega que ele seja foragido e que tenha cometido os crimes pelos quais foi condenado. Abaixo, o posicionamento na íntegra do advogado Diego Ferreira de Matos:

“Destaco que o Sr. Lohan não está foragido como mencionado, o que motivou sua saída do país foi uma proposta de trabalho que está sendo executada nos Emirados Árabes. Lohan deixou o país antes do trânsito em julgado da decisão que expediu o mandado de prisão em seu desfavor. Portanto, quando não havia condenação confirmada.

Outro ponto que merece destaque é o fato de que após detido nos Emirados Árabes, aquele país, ao analisar as provas do seu processo, entendeu pela fragilidade probatória, e concedeu a liberdade mediante fiança de menos de R$3.000,00 (três mil reais), fiança esta que está muito aquém de valores em casos semelhantes.

Sobre a condenação, entendemos ser absurdamente injusta, e, após assumir este processo, identificamos erros grosseiros, alguns aparentemente intencionais, cometidos pela autoridade policial, pelo Ministério Público, pelo magistrado sentenciante e, principalmente pelas defesas que oficiaram no processo, com graves demonstrações de que houve um conjunto absurdo de falhas, o que levou à distribuição de Ação de Revisão Criminal onde acreditamos alcançar a absolvição do Sr. Lohan de todos os crimes a que foi denunciado.

Uma condenação por tráfico de drogas em um processo em que o próprio laudo atesta a inexistência de drogas e, por incrível que pareça, ninguém viu isso, ou viram e fingiram não ver, que continua ecoando na vida do Sr. Lohan.

Relembremos, ainda, o episódio lamentável da ocasião em que Lohan foi falsamente acusado de ter participado de um suposto esquema de atentado contra autoridades desta Cidade, ocasião em que foi preso injustamente mais uma vez e que ficou no esquecimento tanto das autoridades quando da imprensa.

Lohan Ramires nunca praticou tráfico de drogas, mas foi vítima de uma injusta e covarde perseguição que em breve será corrigida. Confiamos na justiça!”.

Fonte: Portal Terra

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui