O caso envolvendo o zagueiro David Luiz ganhou novos capítulos na última quarta-feira (17/09) após a divulgação de um laudo pericial da Polícia Civil e do extrato do Cellebrite, software israelense homologado pelo STJ para investigações criminais. O jogador, atualmente no Pafos, do Chipre, é acusado de ameaça pela assistente social Francisca Karollainy Barbosa Cavalcante, conhecida como Karol. Ele nega as acusações.
De acordo com as informações divulgadas pelo O Globo, o laudo pericial realizado por Cássio Thyone Almeida de Rosa aponta inconsistências nas provas apresentadas. A análise concluiu que:
O celular da assistente social passou por factory reset (restauração de fábrica) um dia antes da apreensão;
A foto e o dedo apresentados não seriam da própria Karol, sugerindo combinação de versões;
A imagem das supostas mensagens de ameaça teria sido editada;
O estilo de escrita seria incompatível com textos anteriores atribuídos a David Luiz.
Ainda segundo o jornal, o Ministério Público do Ceará indicou a existência de indícios de adulteração e falsificação no material.
A defesa do zagueiro é formada pelos advogados Gabriel Domingues, Gustavo Teixeira e Ricardo Sid e prefere não comentar o teor do laudo, alegando sigilo processual. Em nota anterior, a assessoria de David Luiz afirmou que “todas as medidas legais cabíveis estão sendo tomadas”.
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ENTENDA O CASO
Segundo o boletim de ocorrência registrado por Karol, David Luiz teria enviado ameaças por mensagens no Instagram. Uma delas dizia: “Você sabe que tenho dinheiro e poder, então, não banque a esperta. Seria triste seu filho ter que pagar as consequências dos seus atos. Eu posso simplesmente fazer você sumir.”
A assistente social relatou ter sentido “risco real de morte”, chegando a comparar sua situação ao caso de Eliza Samudio, assassinada em 2010 a mando do ex-goleiro Bruno. “Na hora que eu li a ameaça, eu me senti numa situação que realmente ele faria comigo igual o Bruno fez com Eliza Samudio. Ele deixou claro que podia me fazer sumir. Declaro que me senti extremamente intimidada e em risco real de morte, além de temer pela segurança do meu filho”, disse em depoimento.
Ela afirma ainda que as supostas ameaças começaram após recusar uma proposta do jogador para um relacionamento em “trisal”. O advogado de Karol, Fabiano Távora, reforçou essa versão.
No dia 28 de agosto, menos de 24 horas após o pedido formalizado, a Justiça do Ceará concedeu medida protetiva a Karol por entender haver risco à sua integridade física e psicológica.
Fonte: Bahia noticias